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Demografia Médica no Brasil – 2018. Um documento para consulta, reflexões e ações.

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Demografia Médica no Brasil – 2018. Um documento para consulta, reflexões e ações.

APRESENTAÇÃO 

A avaliação da disponibilidade, da distribuição e da capacidade da força de trabalho médico é essencial para o futuro de um sistema de saúde que precisa oferecer serviços qualificados à população. 
A quarta edição da Demografia Médica traz informações atualizadas e oferece novos dados que permitem melhor compreensão da realidade da prática médica no País. 

Desenvolvida com metodologia consistente, oferece condições para o dimensionamento do impacto das decisões de gestores (públicos e privados) nas esferas política, administrativa e no campo da assistência em saúde. 
No momento em que o Sistema Único de Saúde (SUS) completa 30 anos, em um cenário de crise causada por subfinanciamento e falta de infraestrutura, a Demografia Médica torna mais evidente a necessidade de estratégias que facilitem a distribuição de médicos qualificados no território nacional. 

Assim, estimula uma visão crítica sobre a autorização indiscriminada de abertura de escolas médicas no Brasil. 
Este trabalho contou com as participações da Universidade de São Paulo (USP) e do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp). 
Foram recebidos ainda subsídios da Associação Médica Brasileira (AMB) e da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). 
Em síntese, esta publicação sinaliza o compromisso do CFM com a pesquisa científica de excelência e destinada à contribuição para um projeto de Nação mais justo, ético e solidário. 

Carlos Vital Tavares Corrêa Lima, Presidente do CFM Ao apresentar a atualização do estudo Demografia Médica no Brasil, o Cremesp ressalta a parceria de pesquisa com o CFM e a Faculdade de Medicina da USP, visando a produção e divulgação do mais completo levantamento periódico sobre médicos e o exercício da Medicina no País. 

O crescente aumento do número de médicos, resultado de legislação e políticas recentes, traz novos desafios para o sistema de saúde, as entidades médicas e as instituições de ensino. 
As evidências apontam que a falta de médicos em determinados contextos envolve fatores distintos, desde aspectos demográficos e epidemiológicos da população, passando pelo financiamento e pelas relações entre público e privado no sistema de saúde, até a remuneração, carreira e condições de trabalho dos profissionais. 

De um lado, é preciso buscar soluções para as desigualdades estruturais que persistem, tanto na oferta de médicos quanto no acesso dos cidadãos a serviços e ações de saúde. De outro, com a multiplicação dos cursos de graduação, há que se garantir a qualidade ameaçada da formação médica, por meio de avaliação externa, sistemática e consequente. 

Diante disso, estamos envidando esforços no sentido de que o exame para os recém-formados em Medicina seja obrigatório e garantido por lei. 
Lavínio Nilton Camarim, Presidente do Cremesp

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