Academia de Medicina da Bahia Scientia Nobilitat
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Luiz Antônio Rodrigues de Freitas
Luiz Antônio Rodrigues de Freitas
Membro Titular
10/07/2024
16:00
Saudação em homenagem sexagésimo sexto aniversario da Academia de Medicina da Bahia

Discurso de saudação em comemoração ao Sexagésimo Sexto aniversário de fundação da Academia de Medicina da Bahia, proferido pelo Acadêmico, Membro Titular da Academia de Medicina da Bahia, Luís Antônio Rodrigues de Freitas, em solenidade ocorrida na Associação Baiana de Medicina.

 

Excelentíssimo Presidente da Academia de Medicina da Bahia
Professor Dr. César Augusto de Araújo Neto
Distintas Companheiras e Companheiros da Diretoria
Preclaros Confrades e Confreiras deste Sodalício

Senhoras e senhores

Dedicatória: dedico essa saudação a nossa Academia e em especial ao Confrade Antonio Carlos Vieira Lopes por seu empenho e dedicação como Presidente no período de 2017-2023  

Sinto-me muito honrado e agradecido em cumprir a missão, designada pelo nosso Presidente, Confrade César Augusto de Araújo Neto, de saudar a nossa querida Academia de Medicina, hoje, dia 10 de julho de 2024, na comemoração do seu sexagésimo sexto aniversário de fundação.

scientia nobilitat – “A ciência enobrece”, é o nosso lema 

A Academia de Medicina da Bahia nasceu de um sonho acalentado e transformado em realidade em 10 de julho de 1958, pela obstinação do Dr. Jayme de Sá Menezes, desassossegado pelo berço da Medicina Brasileira, a Bahia, carecer de uma Academia de Medicina, instituição que já existia no Estado São Paulo, desde os idos de 1895, inicialmente como a Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, e depois, em 1954, batizada como Academia de Medicina do Estado de São Paulo. No entanto, bem antes, em 30 de junho de 1829, fora fundada no Rio de Janeiro, referendada pelo Imperador D. Pedro I, a hoje nominada Academia Nacional de Medicina, com o objetivo de contribuir para o estudo, a discussão e o desenvolvimento da medicina e ciências afins, além de servir como órgão de consulta do Governo sobre questões de saúde e de educação médica. Relata-se que o Imperador comparecia com frequência às sessões acadêmicas abertas ao público todas as quintas-feiras às 18 horas.  

Um mil novecentos e cinquenta e oito, ano do sesquicentenário da Escola Médica Primaz do Brasil, fundada em 18 de fevereiro de 1808 urgia, mesmo que um pouco tardia, a criação da Academia de Medicina da Bahia, a ser a terceira do Brasil. 

Dr. Sá Menezes convenceu o Prof. Dr. Urcício Santiago e o Dr. José Ramos de Queiroz à empreitada da criação da Academia. Juntos organizaram uma lista dos Fundadores que constou de 27 insignes médicos e às 10 horas do dia 10 de julho de 1958, na sala Clementino Fraga do Hospital Santa Izabel, foi fundada a Academia de Medicina da Bahia. A sessão de instalação da Academia aconteceu, mais de três meses depois, em 17 de outubro de 1958 com as posses dos Acadêmicos eleitos. Foram designados 40 ilustres médicos que atuaram na Bahia como os patronos das 40 cadeiras da Academia. Há de se perguntar de onde vem esse número mágico? A ilustre Confreira Eliane Azevedo, em 2020, ao saudar a Academia em seus 62 anos, fez alusão à possível inspiração francesa na concepção de nossa Academia. Efetivamente, o número 40 é o número de “secretários permanentes”, cargo vitalício, da Academia Francesa, instituição registrada no parlamento de Paris em 10 de julho de 1637, por interferência direta do cardeal Richelieu junto ao rei Luís XIII de França, para a responsabilidade oficial de zelar pela regulamentação da gramática, ortografia e literatura francesas, não sendo, portanto, uma instituição científica lato senso. Interessante reportar que a “imortalidade” dos acadêmicos é por conta da inscrição "À l'immortalité" ("para a imortalidade"), do selo oficial da corporação, ofertado por Richelieu. Na última revisão dos estatutos da nossa Academia de Medicina da Bahia, que vigora desde 15 de julho de 2019, passamos a ter 50 cadeiras com seus 50 patronos. Em outras congêneres pelo mundo, o número de acadêmicos varia de dezenas, a centenas e milhares. Mantivemos a “imortalidade”, que não é estatutária, mas que se concretizará na memória de nossos pacientes, de nossos alunos e colegas, na medida em que honrarmos os compromissos assumidos e reconhecermos que no nosso mister não mais nos pertencemos (a nós mesmos) e que servir e amar ao próximo e à sociedade é a mais profunda compreensão do divino em nós - a quintessência da transcendência. 

A Academia como instituição teve origem na Grécia antiga. Platão, cerca de 388 acc., fundou, nas proximidades de Atenas, uma escola de ensino superior. O local escolhido era um jardim de plátanos e oliveiras, chamado Jardim de Academos, nome de um lendário herói ateniense que teria participado do resgate da bela Helena, na famosa Guerra de Tróia. O local era um sítio de culto às Musas de Apolo e Platão teria burlado as autoridades, convencendo-as que a Academia seria consagrada ao culto às imortais. Sua finalidade real era formar, através do conhecimento, homens novos, capazes de renovar o Estado. Platão defendia o princípio de que os homens esclarecidos pelo conhecimento, tornam-se melhores e melhoram a sociedade e o Estado. Atraiu para a Academia eminentes sábios da época, de formação diversificada e de várias tendências. O escopo da Academia abrangia, além de temas filosóficos, matemática, astronomia, cosmologia, medicina, política, oratória e música. A Academia de Platão e o Liceu de Aristóteles, mais se aproximam da concepção de Universidades, dedicadas ao ensino superior, que às Academias científicas modernas, segundo análise crítica de Wermann e Machado, no trabalho intitulado “Uma aproximação entre a Academia de Platão, o Liceu de Aristóteles e as Universidades”.

A concepção mais próxima das Academias modernas tem seu embrião com o final da Idade Média, marcada pela Reforma Protestante (iniciada em 1571 com a publicação das 95 teses de Martinho Lutero) e que abre o mundo ao Humanismo, pondo em xeque a hegemonia da concepção Católica, essencialmente dogmática do mundo. A Igreja Católica era detentora do conhecimento e a sua forma de pensar, uma doutrina teocêntrica, era soberana, sem possibilidade de pensamentos alternativos. A partir de Galileu Galilei (1564 – 1642), considerado o “pai da ciência moderna” e que demonstrou que a Terra não é o centro do universo, o conhecimento eclesiástico começou a perder o seu domínio. Progressivamente, emerge-se da “Idade das Tevas” para a “Idade da Luz”. Segundo Kant “ “O iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma menoridade que estes mesmos se impuseram a si. (…) Sapere aude! [Ouse saber!] Tem coragem para fazer uso da tua própria razão!”.  René Descartes (1596 – 1650), um dos precursores do Iluminismo, considerado o pai do racionalismo, em sua obra magna, o “Discurso do Método”, ensina que para se compreender o mundo, deve-se questionar tudo. As centralidade e racionalidade humanas foram essenciais para o desenvolvimento da ciência e do humanismo.

As Academias modernas surgiram como espaços de reunião de sábios para a discussão e demonstração dos avanços científicos, de novos conceitos e concepções, além de realização de experimentos. Há relatos da existência na Itália de uma Academia do Cimento e na França da Academia de Montmor (1657), sendo que está última teria inspirado a criação da “The Royal Society of London for Improving Natural Knowledge” em 28 de novembro de 1660, reconhecida por carta régia pelo rei Charles II como The Royal Society e considerada a mais antiga academia científica em funcionamento contínuo do mundo. Os ingleses repudiaram firmemente a insinuação de terem tido inspiração francesa na concepção de sua Academia. Há relatos da existência de vários embriões dessa sociedade no século XVII, dentre eles o “Invisible College”, com participação de vários “filósofos naturais” em torno de Robert Boyle. O lema da Royal Society é “Nullius in verba” (acredite na palavra de ninguém) - Uma clara determinação em resistir ao domínio da autoridade e em verificar todas as declarações através de um apelo a fatos determinados pela experiência. Essa instituição financia pesquisas e funciona como órgão de apoio ao governo da Inglaterra em questões científicas em geral

A primeira Academia de Ciências no mundo foi criada no século XVII (1603) e denominada Academia dos Linces (em alusão a velocidade de ação desses felinos). Dela fez parte, Galileu Galilei, depois obrigado pela Igreja, a abjurar de suas convicções anti-geocêntricas (Eppur si muove). Em 1936, passou a se chamar Academia de Ciências do Vaticano. Está sob a égide do Pontífice e tem como finalidade honrar a ciência pura onde quer que se encontre, assegurar sua liberdade e favorecer a pesquisa, reconhecendo-a como a base indispensável para o progresso das ciências. Vários agraciados com o Prêmio Nobel fazem parte dela. É a única Academia de Ciências no mundo de caráter internacional.

As Academias de Medicina no Brasil tiveram inspiração na Academia Real de Medicina da França, criada por Luiz XVIII em 1820. A missão da Academia Nacional de Medicina do Brasil reproduz a definida para a Academia Nacional de Medicina da França (assim denominada a partir de 1947)-  “Cette Académie sera spécialement instituée pour répondre aux demandes du gouvernement sur tout ce qui intéresse la santé publique, et principalement sur les épidémies, les maladies, particulières à certains pays, les épizooties, les différents cas de médecine légale, la propagation de la vaccine, l’examen des remèdes nouveaux et des remèdes secrets, tant internes qu’externes, les eaux minérales naturelles ou factices. Elle s’occupera de tous les objets d’étude ou de recherche qui peuvent contribuer au progrès des différentes branches de l’art de guérir. ». A nossa “A Academia Nacional de Medicina foi fundada “especialmente para responder às perguntas do Governo sobretudo o que interessar à saúde pública e principalmente sobre as epidemias, as moléstias de certos países, as epizootias, os diferentes casos de medicina legal, a propagação da vacina e investigações que puderem concorrer para o progresso da arte de curar”.

A nossa Academia completa hoje 66 anos de exitosa existência. Tivemos, como todas as instituições, nesse percurso, percalços e dificuldades. Alguns ventos sopraram mais forte, tivemos ameaças de tempestades, mas fomos capazes de buscar a bonança e hoje navegamos em águas mais tranquilas. Aprendi com um amigo meu, competente agrônomo, que quando as árvores não frutificam ou quando não florescem, nada melhor que submetê-las a um estresse, criar uma tensão, ameaçá-las de morte e elas responderão florescendo e frutificando, perpetuando a vida. Assim ocorreu com nossa Academia. Soubemos escolher bons timoneiros que com dedicação, persistência e incontestes lideranças nos tem conduzido para mares serenos, rumo ao cumprimento de nossa missão maior que é engrandecer a Medicina em prol de todos. O saudoso e querido Confrade Prof. Dr. Thomas Rodrigues Porto da Cruz iniciou um processo de renovação dos quadros dos membros titulares da Academia, estimulando bons médicos e professores, muitos ainda jovens, a virem participar da AMB. Reformou uma sala para ser a sede da AMB no Prédio da Faculdade de Medicina da Bahia no Terreiro de Jesus, um sonho dos fundadores. O saudoso e querido confrade Prof. Almério de Souza Machado sucedeu ao Prof. Thomas na Presidência desse sodalício e deu continuidade ao trabalho de renovação dos quadros, além de conduzir essa Academia de modo democrático e participativo. Diante das dificuldades para as reuniões regulares, soube contorná-las estabelecendo uma parceria com o Núcleo Ciência, Cultura e Fé, garantindo encontros mensais na Fundação do Instituto Feminino, acolhidos generosamente pela Confreira Eliane Azevedo, sua coordenadora. Em três mandatos sucessivos, o entusiasmado, entusiasta e sempre jovial Confrade Antônio Carlos Vieira Lopes conduziu com dedicação e competência a nossa Academia. Constituiu Comissões Permanentes, deu protagonismo aos novos e antigos membros titulares, delegou responsabilidades. Implementou uma sábia política de reconhecer a contribuição e papel relevante de Acadêmicos mais antigos, e, apoiado pelos demais acadêmicos, promoveu a ascensão de muitos à condição de Membros Eméritos, garantindo-lhe participação ativa e efetiva na vida da Academia. Estimulou a chegada de novos membros, criou um ambiente de convivo vibrante, amigável e agradável. Temas importantes foram trazidos ao conhecimento e ao debate. Convidados, expertos em temas atuais, foram convidados a fazer palestras e conferências, discutindo abertamente com a comunidade. A Academia abriu-se ao mundo lá fora. Nem a pandemia arrefeceu o ânimo da Academia. Jovens e menos jovens aceitaram o desafio de sessões online e nos mantivemos reunidos.  A efetivação do Prêmio Prof. Roberto Santos, proposta do Confrade José Antônio de Almeida Souza, aprovado na gestão do Confrade Prof. Almério Machado, tornou-se realidade, e premiou jovens médicos pela excelência de seus trabalhos científicos de conclusão de curso. O Prêmio Mérito Acadêmico, que em sua primeira edição contemplou apenas a categoria da atuação médica, foi ampliado para reconhecer outras duas categorias de mérito, o artístico-literário e o de ação social. Importante, esses prêmios podem e já foram, mais de uma vez, outorgados a médicos que não fazem parte da Acadêmica. A Academia se renova: às vagas abertas, mais de uma vez, tem surgido mais de um candidato. O processo de escolha se baseia essencialmente no mérito dos candidatos que passam pelo crivo inicial de uma comissão sorteada entre os Acadêmicos e em uma votação secreta na Assembleia constituída por todos os membros titulares e eméritos, depois de ouvidos os pareceres das Comissões. A diversidade da composição dos membros da Academia é importante. Aqui deve ser o espaço da diversidade e do exercício cotidiano do respeito às diferenças, da garantia do livre pensar e do livre se expressar.

Coincidentemente, hoje se completa um ano da nova gestão da Academia de Medicina da Bahia. O Confrade Prof. Dr. César Augusto de Araujo Neto foi eleito para a Presidência de nossa Academia. A dinâmica básica de funcionamento de nossas Comissões Permanentes e Temporárias foram mantidas, dando-se protagonismos a outros acadêmicos, respeitadas a autonomia das comissões nas proposições temáticas e na escolha dos conferencistas. O processo de renovação dos quadros continua e elegemos dois novos membros titulares: o Prof. Dr. Gilson Feitosa Soares Filho, recém-empossado na cadeira de número 36, vaga pela ascensão do Confrade Prof. Dr. Gilson Feitosa Soares à condição de membro emérito e em breve teremos a posse da novel acadêmica Clarissa Maria de Cerqueira Mathias, eleita para ocupar a cadeira de número 5, vaga pelo “encantamento” do querido e saudoso confrade Prof. Dr.  Ricardo Ribeiro dos Santos. Em breve, mais uma vaga estará disponível, a cadeira de número 26, que estará vaga pela ascensão do Confrade Prof. Dr. Antônio Carlos Vieira Lopes. Que tenhamos bons candidatos!

Mantendo o diapasão das gestões anteriores, nesse ano da nova gestão, tivemos, completadas hoje, 12 sessões da Acadêmica sendo sete científicas, cinco delas com conferências proferidas por pesquisadores externos e duas por membros da Academia. Todas essas sessões ocorreram “on-line” e foram abertas a audiência pública. 

Gerir a Academia é uma imensa responsabilidade, exige dedicação e equilíbrio. Nosso Confrade Presidente César Araujo é reconhecido por todos nós por suas qualidades excepcionais, sua gentiliza no trato com todos e sua cotidiana preocupação com os rumos da Academia. Diferente de outras Academias pelo mundo afora, a nossa não dispõe de recursos financeiros senão aqueles gerados pelas anuidades pagas por seus membros. Não há repasse de qualquer recurso público para a Academia. A pouco vivíamos o drama de termos de renunciar à nossa sede histórica na Faculdade de Medicina da Bahia no Terreiro de Jesus, onde tínhamos que pagar o aluguel, para podermos ocupar um espaço num local mais acessível para nossa secretaria e nossas reuniões ordinárias. Sofríamos todos com a premência da decisão. Nosso Presidente não hesitou em conversar com o Diretor da Faculdade de Medicina, nosso confrade Prof. Dr. Antônio Alberto Silva Lopes, que sensível, dotado de uma visão clara das naturais relações entre a Escola de Medicina Primaz do Brasil e a Academia de Medicina da Bahia, e da importância da coabitação, levou à Egrégia Congregação da Faculdade de Medicina da Bahia, uma proposição de nossa permanência contra um estipêndio ao alcance de nossas possibilidades e que foi aprovada. Nossa sede administrativa também está garantida graças as negociações havidas com a Diretoria da Associação Baiana de Medicina na pessoa de seu Presidente Róbson de Freitas Moura, que, sensível à importância da Academia para a Medicina da Bahia, propôs condições exequíveis ao nosso parco orçamento.

Não tenho dúvidas meus caros ouvintes, que como as plantas submetidas ao estresse e à ameaça do perecer, superadas as dificuldades maiores, a Academia há de encontrar ainda mais força e gerar novos e belos frutos, perpetuando-se. Temos vários desafios pela frente e encontraremos os meios de enfrentá-los e vencê-los. A sustentabilidade financeira é uma questão que depende de uma ação coordenada da diretoria com entidades interessadas nos préstimos da Academia no âmbito de sua competência como órgão que pode oferecer consultoria em temas relevantes, mormente os de natureza técnica e de políticas de saúde. 

A Academia é um espaço democrático, portanto plural, diverso e livre para ouvir de todos e emitir posicionamentos esclarecedores para a sociedade como um todo e para os tomadores de decisões nas políticas de saúde. Teremos de encontrar meio de fazer chegar à Sociedade as nossas posições. Temas relevantes estão no dia a dia da sociedade brasileira: proliferação de escolas médicas, programas mais médicos, legalização ou não do aborto, descriminalização ou não do uso de drogas, práticas médicas heterodoxas, invasão descabida de campos específicos à competência médica por outros profissionais e muitos outros. A Academia tem a obrigação de ouvir, sempre a multiplicidade de posições, despida de ideias preconcebidas, retrógradas,  e ser capaz de fazer as sínteses necessária e se posicionar perante a Sociedade apontando caminhos, repudiando inverdades, reafirmando o alto valor da ciência no aplacar da dor humana, sob pena de sermos vistos como pensam alguns desinformados, como aqueles distantes “que se reúnem para o agrado recíproco, para o narcisismo coletivo, a tertúlia inconsequente e a consagração imprópria”, repudiado pelo Acadêmico Clarival Prado Valadares, no alvorecer dessa Academia, defendendo seu papel relevante na sociedade.

Termino saudando antecipada e efusivamente àqueles que em breve serão reconhecidos e agraciados pela Academia por seus desempenhos excepcionais como médicos no ano que passou.

Vida longa à Academia de Medicina da Bahia

Muito obrigado!

Academia de Medicina da Bahia
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