PRIMEIROS VAGIDOS DA ACADEMIA DE MEDICINA DA BAHIA
Geraldo Leite
Às 10 horas de 10 de julho de 1958, entraram na sala Clementino Fraga do Hospital Santa Izabel, Jayme de Sá Menezes e Urcício Santiago, acompanhados do venerando mestre João Garcez Froes e dos professores José Silveira, Estácio de Lima e Alexandre Leal Costa.
Pouco a pouco foram chegando José Santiago da Mota, Francisco Peixoto de Magalhães Neto, Colombo Spínola, Octávio Torres, Antônio Simões, Luiz Fernando Macedo Costa, Luiz Pinto de Carvalho, Clarival do Prado Valladares, Aristides Novis Filho, Renato Lobo, Hosannah de Oliveira, Rui Maltez, Jorge Leocádio de Oliveira, José Ramos de Queiroz, Menandro Novais, Orlando de Castro Lima, Manoel Pereira, Clínio de Jesus, Antônio de Souza Lima Machado e Fábio de Carvalho Nunes. Por último, completando vinte e sete presenças, chegou o Prof. Jorge Valente.
Iniciada a reunião, Jayme de Sá Menezes, convidou para a mesa dos trabalhos o decano, Prof. João Garcez Froes; Antonio Simões, presidente da Fundação Baiana para Desenvolvimento da Medicina e Aristides Novis Filho, diretor do Hospital. O professor Jorge Valente, diretor da Escola Baiana de Medicina e Saúde Pública não foi chamado porque chegou ao recinto depois do início dos trabalhos.
Ainda com a palavra, Sá Menezes disse que “a Bahia, Província Primaz do Brasil, berço da Pátria, da Cultura e da Medicina nacional, não poderia prescindir por mais tempo de sua Academia de Medicina, órgão cultural por excelência, aglutinador de valores, estimulador de ideias, disposto a congregar, numa confraria douta e liberal, sem elitismo mas ciente de suas responsabilidades, as expressões maiores da cultura médica baiana”.
Os presentes acolheram com entusiasmo as alegações do orador. José Silveira e Urcício Santiago lamentaram que as lideranças médicas da época não tivessem lutado por essa iniciativa em 1949, quando comemoramos o quarto centenário da fundação da Cidade do Salvador. Todavia, acrescentou Urcício Santiago, o momento atual também é oportuno porque neste ano de 1958 a Bahia comemora o sesquicentenário do ensino médico nacional aqui plantado pelo Príncipe Regente, em 1808.
Diante dos aplausos da Assembleia foi fundada, a Academia de Medicina da Bahia, para cuja primeira presidência foi aclamado o Professor João Garcez Froes, venerando mestre de todos os presentes.
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